Médicos Nefrologistas da Diálise do Hospital Geral de Parauapebas, no Pará, que pegaram calote do Gamp, empresa que de agosto de 2016 até janeiro de 2017 gerenciou o Hospital Geral de Parauapebas, entregaram o serviço de Diálise na sexta feira, 31 de março. Além da irregularidade do setor, que continua sem licença da vigilância sanitária e com falta de insumos adequados para o funcionamento, ainda estavam sem contrato com o Município para continuar o serviço.
A empresa que estava prestando serviço de manutenção das máquinas e do tratamento de água, que também trabalha sem contrato com a Prefeitura desde fevereiro, já avisou que não vai continuar este mês sem previsão de contrato.
O Gamp é a mesma empresa que teve sua qualificação suspensa pelo governo do Distrito Federal no final do ano passado por graves denúncias de irregularidades apuradas pelo Ministério Público de Contas do Distrito Federal.
Mais recentemente, o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers), registrou ocorrência policial como alerta sobre as precárias condições de atendimento no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (RS). Segundo a denúncia do Simers, faltavam no hospital administrado pelo Gamp luvas, gaze para curativos, copos descartáveis e clorexidina acuosa, item básico para higienizar feridas abertas.
Em Parauapebas, o Gamp administrou o Hospital Geral deixando médicos sem pagamento e um caos no atendimento do maior hospital do município. A diálise do HGP foi aberta ilegalmente em 01 de outubro do ano passado, às vésperas das eleições, sem licença da vigilância sanitária e sem anuência dos responsáveis técnicos que foram pegos de surpresa no dia da inauguração.
O Gamp deixou a gestão do hospital com uma dívida astronômica para a nova administração municipal, que mesmo decretando estado de emergência financeira não conseguiu pagar as dívidas herdadas. Como agravante, foram emitidas cédulas C declarando que os médicos receberam as rescisões. O grupo mais descontente é o dos nefrologistas da diálise, que entregaram carta com pedido de desligamento na sexta-feira passada.
Fonte: Sindmepa