A equipe da clínica médica do Hospital Geral de Palmas (HGP) encaminhou à imprensa na segunda-feira, 10 de abril, uma Nota de Repúdio contra o diretor geral da unidade hospitalar, Daniel Hiramatsu, alegando perseguição, desrespeito e postura antiética por parte do diretor para com a equipe.
Entre as alegações, acusam Hiramatsu de atribuir-lhes responsabilidades por executar tarefas que deveriam estar a cargo de outros profissionais, e relatam uma situação que teria ocorrido recentemente, durante reunião com os médicos residentes, quando o diretor teria tentando “desmoralizar, ofender e injuriar todos os médicos do pronto-socorro do HGP”.
“Repudiamos veementemente a forma grosseira, antiética e desrespeitosa adotada pelo referido diretor-geral durante reunião com os médicos residentes do hospital, no dia 27 de março de 2017, na qual, grosseira e vulgarmente tentou desmoralizar, ofender e injuriar todos os médicos do pronto-socorro do HGP, ao afirmar, conforme áudio gravado na respectiva reunião, que durante 12 anos esses profissionais nada fizeram nesse hospital e que para ser atendente no HGP não precisa ser médico, basta alguém prescrever Dipirona, Plasil e um ou outro analgésico”, diz a equipe na nota.
A equipe afirma ainda que “tomará as providências” para a responsabilizar o diretor pelo ato de injúria.
O site Conexão Tocantins não conseguiu falar com o secretário da Saúde, Marcos Musafir, sobre o assunto e entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde. A Sesau informou apenas que está apurando o caso.
Confira a íntegra da nota:
Nota de Repúdio
“A equipe da clínica médica do Hospital Geral de Palmas (HGP), sentindo-se extremamente ofendida pela falta de respeito e ética do seu diretor-geral, Dr. Daniel Hiramatsu, expressa seu repúdio às atitudes do referido diretor, que se acha no direito de nos perseguir e nos ofender, querendo nos atribuir tarefas que não são de nossa responsabilidade, a exemplo da Classificação de Risco, que deve ser realizada por quem de direito (A Enfermagem).
Expressamos nossa rejeição à essa forma injuriosa de dirigir profissionais que durante anos e anos atendem diuturnamente a todos os pacientes da melhor forma possível, às vezes até de forma voluntária, em que pesem as dificuldades que são de notório conhecimento público.
Repudiamos veementemente a forma grosseira, antiética e desrespeitosa adotada pelo referido diretor-geral durante reunião com os médicos residentes do hospital, no dia 27 de março de 2017, na qual, grosseira e vulgarmente tentou desmoralizar, ofender e injuriar todos os médicos do pronto-socorro do HGP, ao afirmar, conforme áudio gravado na respectiva reunião, que durante 12 anos esses profissionais nada fizeram nesse hospital e que para ser atendente no HGP não precisa ser médico, basta alguém prescrever Dipirona, Plasil e um ou outro analgésico.
A equipe clínica do HGP não se curvará perante esses atos, e tomará as providências para a responsabilização de quem nos injuria perante os colegas profissionais e pacientes.
Este é o nosso manifesto, respaldado por outros colegas especialistas”.