A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) instituiu o dia 11 de abril como a data de comemoração do Dia do Médico Infectologista. A data foi escolhida por ser o dia de nascimento de Emílio Ribas, renomado e ilustre médico atuante no campo das doenças infecciosas e pioneiro no estudo e cura de infectologias no país.
Emília Ribas foi um dos braços e incompreendidos sanitaristas do país no final do século 19 e início do 20. Junto a Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz, Vital Brasil e Carlos Chagas, lutou para livrar as cidades e as regiões interioranas de endemias e epidemias que assolavam o Brasil e que temporalmente, voltam a assombrar os serviços de saúde.
Formou em 1887 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e foi um dos valentes combatentes da febre amarela. Sofreu grande oposição dos que acreditavam que a doença era transmitida por contágio entre pessoas. Para provar que esta tese estava errada, deixou-se picar pelo inseto contaminado, junto com os colegas Adolfo Lutz e Oscar Moreira. Foi a partir da contaminação de Ribas que Oswaldo Cruz empreendeu a eliminação dos focos de mosquito Rio de Janeiro.
Ribas foi fundador do Instituto Soroterápico do Butantã, construído numa fazenda nos arredores de São Paulo, e colaborou para a fundação do Sanatório de Campos do Jordão para o tratamento da tuberculose.
Em 1902, Ribas atuou no combate da terceira epidemia de febre amarela em São Paulo. Com o apoio de médicos e voluntários, conseguiu acabar com a epidemia ao ordenar a limpeza do rio próximo aos locais problemáticos, medidas que contribuíram para melhorar o saneamento básico.
Assim, de maneira resumida, observa-se que a Infectologia ocupa grande papel no contexto da medicina, cabendo aos seus especialistas, ações individuais e coletivas que redundam em benefícios palpáveis a grande parte da comunidade na qual atuam.