O presidente da Federação Médica Brasileira (CFM), Waldir Araújo Cardoso, participou, na quinta feira, 23 de março, da reunião da Comissão de Assuntos Políticos (CAP) do Conselho Federal de Medicina (CFM). A Comissão analisa e emite parecer em projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e que são de interesse dos médicos e da medicina. Pelo menos 15 projetos de lei de interesse dos médicos foram avaliados pelos integrantes da comissão neste encontro.
“Analisamos e demos parecer favorável ao Projeto de Lei nº 7121/2017, de autoria da deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), que proíbe a autorização e o reconhecimento dos cursos de graduação da área de saúde que sejam ministrados na modalidade à distância. Na Argentina já existe curso de medicina nesse formato. Imagine a qualidade técnica de um profissional médico formado desta maneira?”, opina o presidente da FMB que é integrante da Comissão por indicação do CFM.
Dados copilados pelos conselhos profissionais da área de saúde dão conta de que no Brasil existem 60 mil vagas de cursos de graduação à distância para enfermeiras, 80 mil para assistentes sociais e 90 mil para educadores físicos. “Só não existem cursos à distância para médicos, odontólogos, psicólogos e tecnólogos em radiologia”, explica Waldir ao reforçar que “é um completo absurdo! O Ministério da Educação impede que os conselhos profissionais carimbem no verso dos diplomas que o profissional foi ‘formado’ à distância, igualando desta maneira a formação presencial com a realizada à distância”, acrescenta.