Servidores de Cachoeirinha estão em greve por tempo indeterminado. Eles decidiram após assembleia ocorrida na noite de quinta-feira, 2 de março. A paralisação tem o objetivo de reivindicar a revogação do pacote de medidas adotado pela prefeitura municipal que impacta diretamente nos direitos adquiridos dos trabalhadores. Promovido pelo Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (SIMCA), o movimento tem o apoio do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e envolve 3,5 mil servidores.
De acordo com o diretor do Simers, André Gonzales, a proposta da prefeitura, aprovada pela Câmara dos Vereadores, prevê que sejam adotadas medidas administrativas como corte total do auxílio alimentação para funcionários que recebem acima de R$ 5 mil, redução nos adicionais de progressão do servidor, supressão de outros direitos e alterações que não permitem que o servidor tenha assegurada a remuneração que previa no final de sua carreira.
Durante a assembleia, Gonzales colocou a estrutura do Sindicato Médico à disposição dos servidores municipais para reverter a situação imposta pela prefeitura. “Precisamos mostrar para a sociedade o que está acontecendo. Ir na tribuna da Câmara, falar com vereadores e pedir a revogação do pacote. A luta é grande e o importante é que vocês não estão sozinhos”, destacou o diretor. “Vamos lutar juntos para que os direitos dos servidores sejam respeitados e o atendimento à comunidade seja prestado com qualidade”, complementou o diretor do Simers.
Outra questão que preocupa é o fato de a prefeitura querer disciplinar a jornada de trabalho dos servidores, especialmente os médicos especialistas que fizeram concurso para 8 horas semanais. Caso seja cumprida a Ordem de Serviço nº 02/2017, os médicos prestarão seus serviços ao longo dos cinco dias úteis da semana. “Com mais esta determinação contra os servidores públicos, é possível que esses profissionais peçam exoneração e a população volte a ficar sem a assistência de especialistas no município”, destaca Gonzales.
Fonte: Simers