Os municipários de Cachoeirinha votaram pela manutenção da greve em assembleia realizada nesta sexta-feira, 10 de março, no Centro Municipal de Atendimento Educacional Lampadinha. No quinto dia de paralisação, centenas de servidores de todas as áreas acompanharam o ato e deliberaram pela continuidade do movimento. Eles exigem a revogação do pacote de medidas adotado pela prefeitura, que atinge diretamente os direitos adquiridos dos trabalhadores. Entre eles, está a alteração do adicional de tempo de serviço do funcionalismo, de 6% para 3% a cada três anos trabalhados.
Durante o dia, a comissão formada por representantes dos trabalhadores, incluindo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), obteve avanço nas negociações de pelo menos um item da pauta. Em reunião com o grupo, os secretários Juliano Paz (Governança e Gestão), Gilson Stuart (Modernização Administrativa e Gestão de Pessoas) e Alex Branco (Governo) firmaram o compromisso de rever a Ordem de Serviço 02/2017, que até então prevê disciplinar a jornada de trabalho dos servidores. A preocupação do Simers é em relação aos médicos especialistas que fizeram concurso para 8 horas semanais. Caso o documento seja cumprido na forma como foi escrito originalmente, os médicos prestariam seus serviços ao longo dos cinco dias úteis da semana.
Os outros pontos da negociação não tiveram evolução. Segundo Juliano Paz, apenas os temas que não tiverem impacto financeiro poderão passar por diálogo e acordo. Os demais seguem sancionados pelo prefeito Miki Breier (PSB), que afirma que os projetos foram criados para retomar o equilíbrio financeiro de Cachoeirinha, mas não mencionou mexer nos R$ 27 mil que recebe pela função ou nos R$ 20 mil do vice-prefeito, Maurício Medeiros.
Previdência ameaçada
Além do pacote de medidas de ajuste fiscal, outra preocupação do funcionalismo é com o rombo de R$ 95 milhões do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Cachoeirinha (IPREC), entre outras informações sobre alterações na contribuição que ainda não foram oficializadas.
Fonte: Simers