Foi enterrada na tarde de domingo, 19 de março, no cemitério Jardim Metropolitano, no bairro Alto da Conquista, em Olinda, no Grande Recife, a chefe de departamento pessoal Rosane das Chagas Stefano, de 44 anos. Ela sofria há 7 anos de hipertensão arterial pulmonar, uma doença crônica que atinge a estrutura dos vasos sanguíneos responsáveis por levar o sangue do pulmão pra o coração.
Rosane estava internada há um mês em um hospital particular na Ilha do Leite, na área central do Recife, e precisava do medicamento Iloprost, que está em falta na Farmácia do Estado há mais de um ano. A caixa desse remédio custa 40 mil reais e dura apenas um mês. A chefe de departamento pessoal morreu nesse sábado (18), deixando dois filhos adolescentes.
Problema antigo
A morte de Rosane Stefano traz à tona um problema que é antigo: a falta de medicamentos para tratar a hipertensão pulmonar. Há muitos casos em que nem ordens judiciais são suficientes para que os pacientes recebam os remédios. Somente em 2017, duas pessoas morreram em decorrência da doença sem receber o tratamento adequado. Em 2016, sete pacientes enfrentaram a mesma dificuldade, e também morreram. O levantamento é da presidente da Associação dos Portadores de Hipertensão Pulmonar de Pernambuco (ABRAHP-PE), Waneska Kramer.
Fonte: Jornal do Commercio