A falta de manutenção nas ambulâncias básicas praticamente parou as operações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na noite de segunda-feira. Durante todo o dia de segunda, 13 de março, os funcionários atenderam as ocorrências com apenas duas ambulâncias básicas, porém, a situação se agravou no começo da noite quando um dos veículos quebrou e o serviço deixou de atender alguns chamados.
Além das ambulâncias básicas, o Samu de Campinas mantém hoje duas unidades de carros avançados (UTIs), que só podem sair da garagem para atendimento de ocorrências graves. Segundo os enfermeiros que estavam parados na sede do Samu, sete ocorrências de rua, além de 17 transferências de hospitais ficaram sem atendimento na noite de segunda.
Segundo uma enfermeira, que preferiu não ser identificada, o serviço de manutenção das ambulâncias começou a falhar há dois meses. “Como as ambulâncias rodam muito, é preciso que a manutenção seja feita com frequência, mas elas foram quebrando e ficando paradas”, contou.
A Prefeitura de Campinas, via assessoria de imprensa, informou que tem ciência do problema e que tem trabalhado para resolvê-lo o mais rápido possível. A Administração confirmou que apenas uma ambulância estava operando na noite de segunda. Diferente do que os funcionários passaram à reportagem, a Prefeitura afirmou que três unidades avançadas (UTIs) estão disponíveis para atendimento.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o atraso na manutenção aconteceu devido a um problema no contrato com a empresa que presta os serviços. “Estamos com um problema no contrato, mas a Secretaria está empenhando todos os esforços para resolver o problema mais rápido possível”, informou. Ainda segundo a Prefeitura, ao menos três viaturas que estavam na manutenção devem voltar a circular nesta terça.
Até o fechamento desta edição, funcionários do Samu estavam considerando a segunda-feira como um dia tranquilo, mas segundo eles a situação pode mudar a qualquer momento. “Hoje é um dia atípico, porque está tranquilo. Mas se a situação mudar durante a madrugada, não vamos poder atender”, disse um enfermeiro.
Sem ambulâncias nas ruas, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros acabam sendo acionados para atender as ocorrências que seriam direcionadas ao Samu. A situação já havia sido mostrada pelo Correio, no mês passado, quando a reportagem apurou que das 12 ambulâncias básicas que operam na cidade, sete estavam na manutenção. O serviço 192 do Samu recebe entre 200 e 300 chamados no dia e que nos últimos tempos uma ambulância leva entre duas e três horas para fazer o atendimento, já que a demanda é grande e o número de unidades rodando é insuficiente.
Fonte: Correio Popular