Até o século XVIII, a medicina era bastante precária, não havia anestesia, as pessoas desconheciam o princípio da assepsia e a vacina estava recém começando a ser desenvolvida. Porém, logo no começo do século em 1816, uma invenção mudou profundamente a profissão dos médicos e a saúde das pessoas em geral: o estetoscópio.
O instrumento, que atualmente é um símbolo da profissão, pode parecer pouca coisa comparando com outras invenções, mas, antes dele, os médicos tinham muito pouco acesso ao que estava acontecendo dentro do corpo das pessoas, se utilizando apenas de um superficial exame físico.
O estetoscópio foi o primeiro meio do médico compreender o que estava acontecendo dentro do corpo dos pacientes de uma maneira não invasiva e nada perigosa. O instrumento permitiu que os profissionais ouvissem os sons do pulmão, coração e intestinos. A partir de 1881, o instrumento também passou a ser usado para medir a pressão sanguínea ao ser combinado com um esfigmomanômetro.
A percussão como método de exame para diagnóstico de doenças de tórax já era estudado desde 1761 por Leopold Auenbrugger. Porém, antes do estetoscópio, os médicos ouviam os batimentos cardíacos do paciente encostando o ouvido no tórax, o que era era um método impreciso, principalmente em pacientes obesos e mulheres.
Em 1816, o médico francês René Theophile Hacinthe Laënnec teve a ideia de enrolar uma folha de papel bem apertada para ouvir os batimentos de uma paciente jovem mulher obesa que sofria de problemas cardíacos – tornando os sons muito mais precisos. Em pouco tempo, o médico substitui o papel por um cilindro de madeira.
Em 1851, o instrumento passou a ser feito com um tubo de látex flexível e uso biauricular – muito semelhante ao utilizado atualmente. Em 1901, foi incluído o diafragma – a parte que é encostada no paciente e ajuda a tornar a audição ainda mais precisa.
Além do Estetoscópio tradicional existe ainda o estetoscópio de Pinard utilizado para auscultar os ruídos produzidos pelo feto dentro do útero.
Fonte: Simers