Os médicos anestesistas do Hospital Universitário (HU) de Canoas, no Rio Grande do Sul, suspenderam as atividades nesta quarta-feira, 8 de fevereiro, em função do atraso de dois meses de remuneração. A medida foi necessária, já que o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp), gestor do hospital, se comprometeu a pagar os profissionais na sexta-feira, 3 de fevereiro, e até o momento não efetuou os repasses.
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) passa a reivindicar o pagamento dos 15 médicos anestesistas do HU por parte da Gamp. “Não vamos tolerar qualquer descaso do atual gestor com os direitos dos profissionais. Cobraremos das autoridades competentes ações imediatas, além de acionar instâncias jurídicas, para que as remunerações sejam pagas e garantida a assistência à população”, salientou o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes.
O Sindicato Médico acompanha de perto a transição que ocorreu em 1º de dezembro do ano passado em Canoas com a saída do Mãe de Deus e ingresso do Gamp. Desde que assumiu, o grupo passou a administrar o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), Hospital Universitário (HU), as UPAs Caçapava e Rio Branco e os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) Recanto dos Girassóis, Travessia, Amanhecer e Novos Tempos. Nesse tempo à frente da gestão, atrasou o repasse de remunerações e de 13º de médicos e funcionários que trabalham em todas as unidades de saúde que assumiu, exigindo a intervenção direta do Simers para que a situação fosse resolvida.
No último dia 26 de janeiro, médicos do HPSC denunciaram ao Sindicato Médico irregularidades como falta de informação no contracheque sobre o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do INSS, além da ausência de utensílios básicos, como compressas e esparadrapos, entre outros materiais.
Fonte: Simers