Milhares de médicos que trabalham em santas casas e hospitais filantrópicos do estado de São Paulo terão reajuste salarial de 9,62%. Isso equivale ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do mês agosto de 2015 até o mesmo período do ano passado. A data base do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) é 1º de setembro.
Poucas categorias profissionais conseguiram recuperar as perdas inflacionárias. Os bancários paulistas, por exemplo, após uma greve de 31 dias, entre setembro e outubro do ano passado, conseguiram um reajuste de 8% (abaixo, portanto, do INPC do período).
“O sindicato garantiu a manutenção do poder de compra do médico. Uma vez que o sindicato conseguiu garantir, em um ano de crise, um reajuste de 9,62%”, diz Eder Gatti, presidente do Simesp. “Integral. Índice que não será fracionado”, ressalta.
O Sindicato tem como norte não aceitar nenhum reajuste salarial abaixo da inflação. Nada, portanto, que contribua para o achatamento do salário do médico. Desde 2014, isso tem sido alcançado nas campanhas salariais.
Gatti destaca que o acordo se deu por meio de um entendimento das partes e que houve, portanto, disposição do sindicato patronal em negociar. O compromisso com o Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Sindhosfil-SP), mediado pela justiça, terá vigência até 31 de agosto desse ano.
O acordo ainda define o novo piso salarial dos médicos: R$ 3.930,74 para 20 horas semanais e R$ 4.716,71 para 24 horas por semana. Esse acordo, é importante ressaltar, contempla pessoas regularmente contratadas. Ou seja: os benefícios são para trabalhadores com vínculo CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Daí o princípio do Sindicato em combater a precarização (conhecida, popularmente, como “pejotização”).
Fonte: Simesp