Na quinta-feira, 26 de janeiro, o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti, esteve na cidade de Catanduva, Em São Paulo, para debater o atraso nos pagamentos dos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município – que já foram regularizados – e a falta de vínculo formal de emprego desses profissionais com o secretário de saúde, Ronaldo Gonçalves Júnior, com representante da organização social (OS) Mahatma Gandhi, que administra a unidade, e com os médicos da UPA.
De acordo com Gatti, os médicos da unidade recebem por plantão feito e sofrem com atrasos constantes nos pagamentos por não terem vínculos formais de trabalho nem contrato de prestação de serviços. “Esses profissionais vivem inseguros porque já tomaram calote em 2015 em um momento de transição de organização social. Hoje os médicos estão com os pagamentos regularizados, porém os vínculos são frágeis e os médicos estão sem garantias de que receberão no mês que vem”, conta. Eder ainda diz que manter um corpo clínico empregado e regularizado é uma garantia de assistência médica para a população.
Durante a reunião com o secretário de saúde do município, foi apresentada a situação de fragilidade dos médicos e a ideia é regularizar os vínculos de trabalho nos próximos meses. Gatti denunciou para o gestor as irregularidades trabalhistas praticadas pela OS Mahatma Gandhi e o secretário se mostrou disposto a negociar. “Ficou definido que vão formalizar contratos de prestação de serviços imediatamente e discutir a regularização para CLT com garantia de que isso vai ser feito na base das negociações, sem necessidade de apelar para outras instâncias”, explica Gatti.
O presidente do Simesp também conversou com representante da OS Mahatma Gandhi e explicou a demanda dos médicos por um vínculo empregatício formal, com garantias trabalhistas. A instituição também se mostrou aberta para negociar.
À noite houve assembleia com os médicos da UPA para esclarecer os profissionais sobre os vínculos precários de trabalho a que eles estão submetidos e a estratégia de mobilização para manter os médicos unidos para terem seus vínculos regularizados.
Fonte: Simesp