Na época em que as cidades litorâneas começam a receber um intenso fluxo de turistas, Torres sofre com a falta de médicos para cobrir a escala do Pronto Atendimento 24h e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em reunião realizada na quarta-feira, 14 de dezembro, na Secretaria Municipal de Saúde, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) cobrou providências para solucionar o problema antes da alta temporada.
“Segundo os relatos, seriam necessários pelo menos três médicos para cobrir a escala do pronto atendimento, mas não existem nem ao menos dois. Como a cidade vai receber tantos turistas?”, questiona o diretor do Simers, André Gonzales. As médicas Francieli Casagrande Marchi e Marie Piazza Pagnan estão apreensivas com a situação. Para elas, a complexidade do processo seletivo para novos profissionais dificulta e atrasa a contratação que deveria acontecer em caráter imediato, dada a situação atual. Pesquisa realizada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), mostra que Torres teve um aumento de 72,9% em sua população durante o mês de janeiro de 2015. Com isso, o número de pessoas na cidade passou de 37.702 pessoas para 65.189 no período do verão.
Condição de trabalho preocupa os médicos
Outra questão que preocupa é a condição precária de trabalho. Embora o Pronto Atendimento 24h já esteja com aparelhos de ar condicionado instalados, eles não estão em uso. O motivo é a limitação da rede de energia do local, que não teria o suporte necessário. No mês de outubro, o Sindicato já havia cobrado soluções, mas até agora nada foi feito.
Além do diretor do Sindicato e das médicas, participaram do encontro o atual Secretário de Saúde, Gerônimo Paludo, a sua sucessora, Adriani Amoretti, e a Procuradora Geral do Município, Naiara Matos.
Fonte: Simers