Após novo ato nas avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio na quarta, 7, cerca de 300 médicos residentes, de diversas cidades do estado, se reuniram dentro da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para reivindicar a inclusão do repasse da bolsa para o orçamento de 2017 durante reunião da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento.
Representantes dos residentes puderam falar na reunião e solicitaram duas emendas no plano orçamentário: o reajuste retroativo da bolsa, além da inclusão no orçamento de 2016. À noite houve reunião também com os deputados João Caramez, relator da Comissão, e Carlão Pignatari.
De acordo com Rafael Santos, um dos líderes do movimento e residente do Hospital das Clínicas, é um avanço poder dialogar na Alesp, mas, em contrapartida, Caramez não deu nenhuma resposta concreta à reivindicação dos residentes, dizendo depender do governo, mesmo sendo favorável à causa.
“Tivemos voz e pedimos as emendas elaboradas pelos residentes, agora iremos aguardar o resultado da reunião dos deputados com a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo, que acontecerá na segunda-feira, dia 12”.
Para o residente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Pedro Campana, o objetivo agora é pressionar o poder legislativo, com os médicos ainda em greve, para que as propostas de emenda sejam inclusas no orçamento de 2017. “Os residentes do interior e de São Paulo não estão aqui à toa, viemos lutar pelo que é nosso de direito”.
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) apoia a greve e a reivindicação dos residentes.
Sobre o movimento
Os residentes exigem que o governador Geraldo Alckmin conceda aumento de 11,9% no valor das bolsas (determinado pelo governo federal, por meio da Portaria Interministerial n° 3, a partir de março desse ano), esse valor representa apenas 0,01% do orçamento da saúde. Em função disso e de outros problemas, residentes de várias regiões do estado estão em greve desde o dia 10 de novembro, mantendo 30% dos atendimentos. São 6.522 médicos que recebem suas bolsas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Todos os outros estados já receberam o repasse, menos São Paulo, considerado o mais rico. Atualmente o valor líquido da nossa bolsa é de R$ 2.600, e o bruto é de R$ 2.975. Com o reajuste, o líquido passará para R$ 2.900 e o bruto para R$ 3.330,43.
Fonte: Simesp