As motolâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campinas (SP), habilitadas pelo Ministério da Saúde para prestar atendimento mais rápido à população, estão paradas desde 2014. Mesmo sem utilização, os veículos custam R$ 336 mil para o governo federal, que repassa a verba para a Prefeitura. A justificativa para o desperdício é a falta de enfermeiros habilitados que possam operar os equipamentos.
As nove motocicletas chegaram a Campinas em 2012. Durante dois anos, os veículos eram conduzidos por técnicos de enfermagem que trabalhavam nas ambulâncias. No entanto, em 2014, a Prefeitura sancionou uma lei que obrigava o condutor a ser habilitado especificamente para as motolâncias, por conta do risco de acidentes.
A administração abriu um concurso público para a contratação de profissionais, mas os servidores nunca começaram a trabalhar e os equipamentos ficaram parados. De acordo com a Secretaria de Saúde, o custo mensal de cada uma das motocicletas é R$ 7 mil. Os veículos eram usados para prestar atendimento mais rápido à população enquanto as ambulâncias não conseguem chegar ao local por conta do trânsito.
Estacionadas na sede do Samu há dois anos, as motos correm o risco de serem devolvidas ao governo federal por estarem sem uso. Nesse caso, a Prefeitura também teria que devolver o dinheiro que recebeu para o custeio dos equipamentos. O Executivo informou que o concurso público para a contratação dos enfermeiros é válido até 2018 e que, a partir do início do ano que vem, os profissionais “devem começar a ser contratados”.
Fonte: G1