O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) repudia a situação dos médicos da Santa Casa de Misericórdia de Palmital, que devem retornar ao trabalho mesmo sem a regularização dos atrasos salariais. A decisão é liminar. Sem receber o salário de quatro meses deste ano, os médicos encaram precárias condições de trabalho e denunciam ter ficado cinco meses sem o pagamento em 2015.
O caso repercutiu nas redes sociais durante o final de semana quando a médica anestesiologista Elisângela Fabiana Fernandes Sivieiro divulgou um vídeo em que relatava o fato e informava que está em greve de fome até que a liminar seja revogada.
A Santa Casa informa em nota que atrasa os salários porque a prefeitura atrasa os repasses. A prefeitura informa que vai tentar regularizar a situação, até dezembro. Além dos médicos, os funcionários estão com os pagamentos atrasados e sem receber as cestas básicas.
Atrasos salariais têm se tornado cada vez mais frequentes no meio médico (decorrentes, sobretudo, em função de precários vínculos empregatícios). Os médicos de Palmital, por exemplo, são contratados por meio de pessoa jurídica. Em 2016, o Simesp tem acompanhado e dado apoio aos atrasos salariais de médicos em diversas cidades do estado de São Paulo (como Catanduva, Morro Agudo e Marília). O Simesp está com toda sua estrutura à disposição dos médicos para a resolução e está monitorando a questão da greve de fome da médica Elisângela.
Fonte: Simesp | G1 Bauru e Marília