Na porta do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, médicos residentes em greve protestaram na quinta-feira (24/11), contra o calote do reajuste prometido pelo Estado em março deste ano. A paralisação atingiu 10 complexos hospitalares de São Paulo.
Os manifestantes exigem que o governador Geraldo Alckmin, que também é médico, conceda aumento de 11,9% no valor das bolsas (determinado pelo governo federal, por meio da Portaria Interministerial n° 3, a partir de março desse ano).
“Recebemos uma bolsa. Não temos 13° salário, nenhum direito trabalhista. Todos os estados do Brasil já receberam o reajuste, menos São Paulo”, explica o médico residente Rafael Santos, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Um residente ganha cerca de 10 vezes menos que um médico formado e o reajuste dos residentes compromete apenas 0,1% do orçamento da Saúde do Estado.