As entidades médicas de Pernambuco – Sindicato dos Médicos (Simepe) e Conselho Regional de Medicina (Cremepe), realizaram na tarde de segunda-feira (21/11) uma fiscalização conjunta na base do Samu de Olinda, localizada no bairro do Varadouro. Após essa atividade, o Cremepe, em plenária, desinterditou a base.
O Cremepe, por meio da resolução 10/2016, determinou a interdição ética do Samu de Olinda em decorrência de irregularidades constatadas na fiscalização conjunta com o Simepe, realizada em outubro, quando foram identificadas instalações físicas precárias, expondo os médicos a condições de trabalho.
Na vistoria de segunda-feira, os representantes das entidades médicas constataram melhorias significativas em relação à segurança do prédio, com a instalação de um portão eletrônico que garante acesso de entrada e saída de pessoas; a guarita foi reestabelecida com vigilância armada por 24 horas; no muro foram instaladas cercas de contenção; foi criada uma saída alternativa para os funcionários, a área externa foi calçada e saneada; as paredes e escadas estão pintadas; e foi erguida uma coberta para os carros.
Na parte interna, a fiscalização ficou limitada, porque não tem como avaliar nesse momento o fluxo de médicos e outros profissionais à base já que eles estão no Grupamento de Bombeiros de Atendimento Pré-Hospitalar.
“Em relação às medicações, algumas delas que não tinham na outra fiscalização, a gente observa que eles já reabasteceram. No entanto, essa questão da funcionalidade mesmo só quando a base tiver retornado para esse prédio que a gente pode fazer essa avaliação. No dia a dia é que nós vamos ter a ideia de como ele está funcionando”, afirmou a vice-presidente do Simepe, Cláudia Beatriz
Segundo Cláudia, existe uma observação a ser feita com relação aos extintores de incêndio (relatório de fiscalização e autorização do Corpo de Bombeiro para uso do prédio). “O motivo principal tinha sido a insegurança. Conseguiram vencer esse ponto. Temos ainda uma pendência que era por parte do Ministério Público Estadual em fazer uma interlocução com a Polícia Militar, através de rondas e permanência de policiamento ostensivo, se é uma base ainda protegida pela Polícia Militar”, ressaltou.
Para o presidente do Cremepe, André Dubeux, a avaliação da fiscalização conjunta foi bastante positiva. “Vimos que não houve inércia da atual administração da secretaria municipal de Saúde. Há pequenos ajustes como não encontramos nenhuma câmera de segurança, no entanto, vamos fazer uma recomendação para a nova gestão da prefeitura de Olinda”, destacou.