O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) organizou uma assembleia para debater os rumos da paralisação dos profissionais da saúde prevista para os dias 9 e 10 de novembro em diversos hospitais de Porto Alegre. O encontro ocorreu no Instituto da Criança com Diabetes.
A reunião teve como objetivo de criar uma Comissão de Mobilização para administrar os grevistas no dia da paralisação. Segundo a vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil, os atendimentos básicos serão mantidos para a população. “Não queríamos que tivesse a necessidade desta paralisação. Os profissionais não vão omitir socorro, mas vamos restringir parte dos atendimentos”, ressaltou Maria Rita.
Os serviços serão mantidos nas emergências, assim como 30% dos demais atendimentos, em respeito à Lei de Greve.
Além do Sindicato, participaram da assembleia o Sindicato dos Odontologistas do Rio Grande do Sul, Associação dos Médicos do Hospital Conceição (AMEHC), Associação dos Médicos do Hospital Fêmina (AMEHF ) e Associação dos Médicos Odontológicos do Hospital Cristo Redentor (Amecre).
A decisão deve-se ao fato de que a proposta do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) contempla um reajuste de apenas 5%. Um valor muito abaixo da inflação no período. Além disso, a data base da categoria foi em julho. Durante todo esse tempo, os profissionais seguem sofrendo os impactos da inflação sem qualquer perspectiva de reajuste.
Os trabalhadores reivindicam uma reposição de 9,5%. Apesar dos atrasos no reajuste, Sindihospa sequer acenou com a garantia da aplicação integral do INPC para revisão de 2017.
Fonte: Simers