Os surtos da febre do Mayaro, que vêm sendo notificados na região Amazônica do Brasil e provocam sintomas semelhantes aos da dengue na população atingida, não são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. O esclarecimento foi feito nesta segunda-feira, pela assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.
Os casos detectados pelos serviços de saúde estão ocorrendo em áreas de mata e rural. As vítimas são pessoas que frequentam, por motivo de trabalho ou de lazer, espaços onde vivem macacos e outros animais como preguiça, tamanduás, tatus, roedores e aves. O ciclo de transmissão é semelhante ao da Febre Amarela, quando esses animais atuam como hospedeiros principais e mosquitos silvestres, como vetores.
Entre dezembro de 2014 e janeiro deste ano, foram contabilizados 343 casos suspeitos da doença provocada pelo Mayaro, em onze estados, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em Goiás, Pará e Tocantins aconteceram as maiores incidências da doença. Até o momento 70 casos resultaram confirmados, 29 foram descartados e 244 permanecem em investigação, aguardando os resultados laboratoriais.
Para evitar a propagação do vírus pelo país, o Ministério da Saúde iniciou um programa de ações permanentes, com apoio do Centro de Proteção dos Primatas Brasileiros Instituto Evandro Chagas e o Centro Nacional de Primatas. A ideia é orientar a população das áreas afetadas, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde.
Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue e chikungunya. Começam com febre e cansaço. Depois podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de dor de cabeça e dores nas articulações.
Uma vacina específica para combater o vírus está em estágio inicial de estudos. O primeiro surto da febre mayaro no Brasil foi descrito em 1955, próximo a Belém, no Pará.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta terça-feira (15): Brasil celebra hoje 127 anos da Proclamação da República; MPF quer garantir ensino de cultura afro-brasileira e indígena em escolas do Pará.
O Jornal da Amazônia 1ª Edição vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação.
Fonte: Agência Brasil