Diante da falta de acordo ou mesmo da recusa em negociar, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) decidiu entrar na justiça contra diversos sindicatos patronais para garantir que os médicos tenham um reajuste salarial que proporcione ganhos reais à categoria. O Simesp exige correção salarial de 15% (como ficou decidido em assembleia ocorrida na sede do Sindicato em 13 de junho).
O primeiro a ser alvo de dissídio coletivo foi o Sindhosfil-SP (representante de hospitais filantrópicos e santas casas no estado de São Paulo), que sequer compareceu na mesa de negociação agendada para 23 de agosto (como relatado na última edição do Jornal do Simesp). O Simesp considerou o fato como um rompimento unilateral das negociações.
Agora é a vez de Sinamge e Sindhclor, que representam, respectivamente, operadoras de planos de saúde e hospitais, clínicas e laboratórios da cidade de Osasco e região. Ambos propuseram, inicialmente, um reajuste salarial de 9,62% (o que equivale ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC – dos meses de agosto do ano passado até o mesmo período de 2016). O Simesp tem como data-base das campanhas salariais o mês de setembro.
As entidades, porém, voltaram atrás da proposta inicial e agora querem pagar apenas 8%. Diante do impasse, o Sindicato dos Médicos de São Paulo também já entrou na justiça contra os dois sindicatos patronais.
O Simesp ainda negocia com o Sindhosfil de Ribeirão Preto, Vale do Paraíba e, pela primeira vez, com o Sindhosfil-Linosesp (que representa santas casas e hospitais filantrópicos da baixada santista e litoral norte e sul de São Paulo). As negociações mais avançadas são, por ora, com o último.
Além do reajuste de 15%, o Simesp ainda reivindica, entre outros, piso salarial de R$ 13 mil (para jornada de 20 horas semanais), licença-paternidade de 20 dias consecutivos após o nascimento e estabilidade para médicos designados como delegados sindicais nos termos do estatuto social do Simesp.
Fonte: Simesp