Os médicos do Hospital Infantil Santa Catarina, de Criciúma, deram um prazo de 30 dias para que a crise na instituição seja contornada. Pelo menos 16 profissionais já deixaram a unidade hospitalar, e os demais têm atuado somente no atendimento de urgências e emergências nas últimas três semanas. Medicamentos, alimentos e alguns materiais também já estão em falta, pois o pagamento dos fornecedores também está atrasado.
Esta semana, o Conselho Municipal de Saúde se reuniu para discutir a situação do hospital. Eles querem fazer um documento contendo todas as denúncias de atendimentos negados por conta da crise que o hospital está passando, e entrar na justiça com um pedido de urgência para que os repasses sejam liberados.
O hospital possui 10 leitos de UTI, mas somente três estão em uso e os recursos estão escassos. Segundo o médico Airton Gomes Melor, esta é a maior crise que ele já presenciou na unidade hospitalar.
— Hoje nós estamos no fundo do poço. Dezesseis profissionais já saíram do hospital e ficou acordado que no prazo de 30 dias, se não houver uma solução, um novo cenário, os médicos que ficaram vão parar por completo os atendimentos no sentido de apagar as luzes e fechar as portas do hospital —explicou Melor.
O Santa Catarina é o único hospital infantil da região, e atende crianças de Criciúma e das cidades vizinhas. Por conta dessa característica, o prefeito eleito Clésio Salvaro já sinalizou que não irá assumir sozinho a conta pela manutenção do local, e quer repassar a responsabilidade ao Estado.
Até que o atendimento normalize, quem precisa de consulta deve procurar o Pronto Atendimento 24 horas no bairro Próspera ou os hospitais de Içara e Nova Veneza.
Fonte: Diário Catarinense