Cinco crimes dentro de unidades de saúde do Recife nos últimos três meses. A conta é do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). A insegurança nos locais de trabalho é criticada pela instituição, que busca uma audiência urgente com a gestão municipal. Os médicos querem uma posição da Secretaria de Saúde para o retorno de vigilantes aos prédios, que segundo eles deixou de fazer parte da rotina das unidades. A mais recente investida foi no dia 25 de outubro, quando dois homens armados invadiram a Unidade de Saúde da Família (USF) da Lagoa Encantada, no Ibura, por volta das 12h, e levaram os pertences da equipe e de pacientes.
A vice-presidente do Simepe, Cláudia Beatriz Andrade, contou que na série de episódios já houve agressão, roubo de carro e de pertences, além de furto. Sendo os alvos unidades de saúde localizadas em Dois Unidos, Bomba do Heméterio, Ibura e Casa Amarela. “O sentimento de insegurança por parte dos profissionais atuando na atenção primaria é enorme. Os acontecimentos que mostram a fragilidade da segurança nos postos de trabalho. Anteriormente essas unidades contavam com vigilância. E no último ano a segurança foi retirada. A alegação foi a crise econômica”, reclamou Cláudia Beatriz.
“Eles entraram porque viram a oportunidade fácil”, lamentou uma das médicas assaltadas na USF da Lagoa Encantada, que preferiu não ter o nome divulgado. A Secretaria de Saúde disse que se disponibilizará para agendar reunião. Informou ainda que a segurança está garantida pelos 820 profissionais de segurança lotados nas unidades, sendo 217 guardas municipais. Disse ainda que, todas as emergências da rede do receberam sistema de monitoramento por câmeras.
Na madrugada de ontem, bandidos invadiram o ambulatório do Hospital Otávio de Freitas (HOF) e levaram cinco monitores, uma TV e uma CPU utilizados no ordenamento do atendimento do setor. Por conta disso, pela manhã, só as consultas de casos prioritários foram realizadas e os demais foram sendo reagendados. A direção já está tomando as providências para a substituição dos equipamentos e, consequentemente, normalização do serviço. Segundo a Secretária Estadual de Saúde, o hospital conta com câmeras de segurança e 20 postos de vigilância, além de sete profissionais de portaria, no plantão noturno, para regular o acesso ao hospital.
Fonte: Folha de Pernambuco