Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária, médicos da rede estadual de saúde aprovaram, na noite de quarta-feira, 19 de outubro, o reajuste salarial apresentado pelo governo, após negociações feitas pelo Sindicato dos Médicos. Em encontro realizado na Associação Médica de Pernambuco (AMPE), a categoria acatou a contraproposta da gestão do Estado que prevê um aumento nos vencimentos até o fim de 2018.
O reajuste apresentado será plurianual e escalonado, dividido em sete partes. A primeira será aplicada a partir do próximo mês, num percentual de 4%. Em 2017, haverá mais três aumentos, em março (3%), julho (3%) e novembro (4%). Para 2018, serão, novamente, mais três reajustes, nos mesmos meses, mas nos seguintes percentuais: 4%, 4% e 6%, respectivamente. Ao todo, o reajuste total soma 31,55% se contados os juros compostos do período.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Tadeu Calheiros, explica que a proposta veio após uma série de rodadas de negociação. Calheiros acredita que a vitória foi importante para a categoria. “Avalio esse acerto muito positivamente. Nós precisamos também parabenizar a mobilização dos médicos pernambucanos, que em várias assembleias lotaram o auditório, enriquecendo a discussão e trazendo unidade ao trabalho”, destaca. Tadeu ainda complementa valorizando o esforço feito pela gestão estadual durante o movimento para que a proposta fosse concretizada e trouxesse benefícios para a classe médica.
Para a categoria, o acerto também foi satisfatório diante a atual conjuntura econômica enfrentada no país. O médico Ricardo Gurgel, pediatra que atua nos hospitais Barão de Lucena (HBL) e Hospital Getúlio Vargas (HGV), valorizou a decisão da assembleia. “Dentro da situação atual, foi uma conquista importante. Gostei da forma da tratativa adotada pelo Simepe. Parabenizo o empenho do junto ao governo do Estado para essa conquista”, acentuou.
Por fim, outro ponto importante do movimento e que ficou acertado nesta proposta aprovada pelos médicos da rede estadual, é o universo que será contemplado pelo reajuste. “É uma causa pétrea do Simepe: em todas as nossas negociações, além dos profissionais ativos, nós nunca deixamos de contemplar os aposentados. Os médicos ativos de hoje serão aposentados de amanhã. Não podemos deixar de valorizar esses importantes trabalhadores que contribuíram por toda uma vida nos nossos serviços públicos”, finalizou.