Diante das denúncias de invasão da base, ameaças e intimidações aos médicos do Samu de Olinda, localizado no bairro do Varadouro, as entidades médicas (Simepe e Cremepe) realizaram fiscalização conjunta na tarde de segunda-feira, 10 de outubro, e constataram uma série de irregularidades que comprometem o funcionamento do serviço. Após plenária, o Cremepe determinou a interdição imediata do SAMU Olinda.
Durante a fiscalização foram verificados “in loco” problemas como a falta de portão na entrada da base e ausência de guarita que facilitam as invasões da unidade; depósito de carros velhos com água empoçada; falta de iluminação na área externa do local; estruturas físicas precárias; sucateamento das ambulâncias; grades enferrujadas, portas quebradas, lâmpadas queimadas, paredes com infiltrações e morfadas, teto com buracos; banheiros insalubres, instalações elétricas recobertas com sacos plásticos. Um cenário de descaso por parte do poder público municipal.
Preocupado com a situação da categoria, o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, solicitou providências imediatas ao Cremepe, Ministério Público de Pernambuco (MPPE), as Secretarias de Saúde de Olinda e de Defesa Social de Pernambuco (SDS), cujo objetivo é garantir o trabalho e a integridade física dos profissionais que prestam serviço à comunidade olindense.
Tadeu Calheiros, destacou, ainda, que os médicos do Samu estão insatisfeitos com a gestão de saúde de Olinda que não cumpriu os prazos nem os acordos feitos com os profissionais. “Em verdade, os médicos, bem como os profissionais de saúde, passam por graves riscos e vexames que poderiam ser evitados pela Secretaria Municipal de Saúde. Eles querem trabalhar com dignidade e segurança e contam com o apoio das entidades médicas nessa luta”, enfatizou.
Fonte: Simepe