Representantes da Federação Médica Brasileira (FMB), Sindicato dos Médicos (SIMED-TO) e Conselho Regional de Medicina (CRM-TO) estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (02/09) com a direção do Hospital Geral de Palmas (HGP), representada pela administradora hospitalar Renata Nogueira Duran. Durante a reunião foram tratados assuntos como a regulação do atendimento, a referenciação de pacientes e a condição do anexo improvisado – uma grande área em tenda que funciona há quase três anos. O CRM deu um prazo ao governo do Estado para que seja solucionada a situação, prazo que termina dia 15 de setembro.
Os representantes médicos realizaram uma visita técnica em várias alas do HGP, entre elas a UTI, a Sala Vermelha e a tenda. Este anexo foi o que mais chamou atenção dos diretores da FMB pela insalubridade e superlotação do local. “O que vimos foram cenas dantescas. O anexo é um hospital de campanha, o que é aceitável em tempos de guerra, o que não é o caso”, descreveu Waldir Araújo Cardoso, presidente da FMB.
De forma geral, o presidente da FMB avalia que o problema no HGP é sistêmico e mostra uma grave crise na gestão da saúde no Estado. Para Cardoso, o hospital é vítima da falta de um sistema de regulação que organize o fluxo de pacientes, de forma que, quando uma pessoa não encontra atendimento na sua cidade, às vezes até nos estados vizinhos, não tenha como única opção se dirigir ao HGP.
Outro ponto abordado foi que as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Palmas não são suficientes e há necessidade de uma nova estrutura hospitalar para suprir a demanda da capital, uma vez que Palmas tem um quantitativo populacional que pede esta estrutura.