O médico anestesiologista, Roberto Côrrea Ribeiro de Oliveira, está em greve de fome desde as 7h do dia 31 de agosto, no hospital Regional de Araguaína, no Tocantins A medida é para chamar atenção para o atraso do pagamento no salário dos médicos que dura 11 meses.
A vice-presidente da Federação Médica Brasileira (FMB) e presidente do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed-TO), Janice Painkow, esteve na manhã desta sexta-feira (02/09) com o anestesiologista. “A que ponto chegou um médico para receber pelo seu trabalho? É uma situação muito triste e ficamos preocupados com a integridade física dele, tendo em vista que ele está há três dias sem se alimentar. Compreendemos que é uma atitude para chamar a atenção e pressionar o governo, mas estamos atentos para que essa situação não se prolongue”, declara.
De acordo com o anestesiologista Roberto, a secretaria de Estado da Saúde (Sesau) acumulou débito de mais de R$ 13 milhões com os especialistas desta área que trabalham nos hospitais públicos. Várias negociações foram tentadas com o governo, mas sem avanços.
Caos
A vice-presidente da FMB também vistoriou o hospital e constatou outros pontos críticos. “Faltam materiais, alimentos para os internados e funcionários e há pacientes internados nos corredores. O governo precisa olhar para este hospital. É um retrato do caos na saúde”, afirma Janice.