Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem fizeram um protesto na manhã de quarta-feira, 24 de agosto, pelas más condições de trabalho na unidade Programa da Saúde da Família (PSF) do Bairro Doutor Fábio Leite I e II, em Cuiabá. O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) disse que oito pessoas trabalham na unidade. Eles alegam péssimas condições de trabalho, falta de estrutura e segurança, que afetam diretamente o atendimento ao público.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que o PSF está incluído numa lista de 20 unidades que passarão por reforma com ampliação e implantação de consultório odontológico. A previsão é de que as obras tenham inicio ainda este ano.
De acordo com a presidente do Sindimed, Eliana Siqueira, a falta de profissionais sobrecarrega os que trabalham em duas equipes no PSF. Dos oito profissionais, apenas dois são médicos. Uma servidora chegou a ser agredida no rosto por uma paciente na terça-feira, 23 de agosto. Os profissionais alegam insegurança.
“Ontem uma paciente que queria ser atendida primeiro agrediu uma enfermeira com um tapa. Fizemos boletim de ocorrência. A unidade não tem segurança há, pelo menos, dois meses. As agressões verbais são diárias, é um barril de pólvora”, disse a presidente.
A paciente citada pelo sindicato gerou a confusão por querer ser atendida na frente de um idoso. O Sindimed diz que as equipes que trabalham na unidade estão sobrecarregas com 6 mil habitantes na área de abrangência.
Também há problemas de estrutura: banheiros que não funcionam e foram interditados, caixa d’água sem tampa e materiais deteriorados. “A prefeitura até fez uma reforma, mas só pintou por fora. Por dentro continuou a mesma coisa. A falta de profissionais e a estrutura culmina em más condições de trabalho”, declarou Eliana.