A Paraíba registrou um aumento de 95,5% nos casos de dengue no período de 01 janeiro a 08 de agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Foram notificados 35.873 casos prováveis de dengue este ano, enquanto no mesmo período de 2015, registrou-se 18.349 casos. Cinco mortes causadas por dengue já foram confirmadas. Os dados constam no novo boletim da dengue, zika e chikungunya, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com o boletim, foram registrados 3.907 casos suspeitos do vírus Zika. Atualmente, na Paraíba, existem três unidades Sentinelas do Zika vírus implantadas para identificação da circulação viral nos municípios de Bayeux, Campina Grande e Monteiro, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Quanto às notificações de suspeita de chikungunya, no período de 1º de janeiro a 8 de agosto de 2016 foram registradas 15.634.
Em relação ao número de óbitos, foram notificados 49 como suspeita de dengue, dos quais cinco foram confirmados (um em Rio Tinto, um em João Pessoa, um em Cajazeiras, um em Monteiro e um em Itabaiana), 10 descartados e os demais em investigação. Foram registrados também 22 óbitos de casos suspeitos de chikungunya, sendo nove confirmados (um em Alhandra, dois em João Pessoa, um em Aroeiras, um e Soledade, um em Monteiro, um em Campina Grande, um em Diamante e um em Santa Cecília), dois descartados e os demais em investigação.
LIRAa e LIA – Durante o mês de julho, 218 municípios (97,7%) realizaram o 2º levantamento de índices, para avaliar a infestação predial pelo Aedes aegypti, através do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) e LIA (Levantamento de Índice Amostral), este último, para municípios que possuem ate 2 mil imóveis.
De acordo com os dados, 51 (22,8%) municípios atualmente estão em situação de risco para ocorrência de surto. Em situação de alerta, 114 municípios (51,3%), 53 municípios (23,7%) em situação satisfatória e cinco municípios (2,2%) não informaram seus resultados de LIRAa e LIA.
“Solicitamos à comunidade que fique atenta e faça a vistoria em seu imóvel, verificando os locais onde possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito. Acondicione o lixo adequadamente, armazene os pneus em locais seco, verifique se a caixa d’água está tampada, evite o armazenamento de água em tambores e outros recipientes, caso haja necessidade em fazê-lo, vede-os adequadamente. Lembre-se que o mosquito Aedes aegypti além de transmitir dengue também transmite febre chikungunya, febre amarela e zika, doenças graves que podem levar até a morte”, orientou a gerente de Vigilância em Saúde da SES-PB, Renata Nóbrega.
Fonte: Mais PB