O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti, e o secretário de Comunicação e Imprensa, Gerson Salvador, reuniram-se na manhã de quarta-feira, 6 de julho, com o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip, com seu adjunto, Wilson Modesto Pollara, e o coordenador de Recursos Humanos da secretaria, Haino Burmester, para entregar a pauta de reivindicações dos médicos da Campanha Salarial do Estado. Entre os principais pontos da pauta estão a contratação de médicos por concursos públicos, recomposição salarial de 25% e revisão da lei que instituiu a carreira do Estado, em 2013.
“Argumentamos que boa parte dos problemas da rede pública deve-se à quantidade insuficiente de médicos nos serviços estaduais de saúde. Isso ocorre devido à falta de concursos públicos, carreira pouco atrativa e baixos salários, se comparado ao que é pago na iniciativa privada e organizações sociais. A redução no número de médicos levou à sobrecarga de trabalho dos servidores atualmente ativos e ao fechamento de leitos”, disse Gatti.
Na ocasião, os diretores do Simesp também abordaram a questão da terceirização da saúde, por meio da contratação de organizações sociais (OSs). “Para combater o fechamento de leitos, o Estado terceirizou para OSs a mão de obra médica em diversos hospitais da administração direta. Essas organizações, por sua vez, quarteirizaram os recursos humanos para empresas médicas, as quais mantêm médicos sem vínculo empregatício regular. Há violação de direitos trabalhistas em hospitais estaduais e o governo é conivente”, critica Gatti.
Ainda segundo o presidente do Simesp, o Estado não tem controle sobre a qualificação do profissional ou da qualidade do serviço prestado nos serviços quarteirizados. “Ao invés de desmembrar o corpo clínico dos hospitais estaduais com terceirizações e quarteirizações, precisamos de carreira e salários dignos e concursos públicos para novas contratações”.
O secretário, de acordo com Gatti, reconhece os problemas debatidos e atribui-os à queda na arrecadação. Houve compromisso com novas contratações por concursos públicos e o secretário levará a questão salarial ao governador. Também houve compromisso de manter as conversas.
Fonte: Simesp