Gerências do Hemocentro de Santa Catarina (Hemosc) e do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon) decidiram paralisar os serviços de saúde importantes para a população por falta de repasse do Governo do Estado que seja suficiente para a manutenção e as consultas. A partir de primeiro de agosto estão cancelados cadastros para novos doadores de medula e de sangue, os quais atingem oito hemocentros no Estado. No Cepon, a decisão já é imediata. A partir desta quinta, 21 de julho, estão suspensos a colocação de próteses mamárias e exames de PET-Scan, técnica de imagem que utiliza uma substância radioativa (18-Fluordesoxiglicose) para rastrear células tumorais no organismo.
Para se ter uma ideia da gravidade, em média são realizadas 155 cirurgias eletivas por mês no Cepon. Não é difícil imaginar: sem captação de sangue, todas as próximas ficam ameaçadas. De acordo com as diretoras do Hemosc, Denise Gerent; e do Cepon, Maria Tereza Evangelista Schoeller, não há mais como prosseguir com os serviços com a qualidade necessária. Outra decisão tomada é de não dar início a novos tratamentos no Cepon, assegurando a continuidade para pacientes em curso.
À espera dos repasses
Na terça-feira à tarde, integrantes do conselho curador da Fahece estiveram reunidos com o secretário João Paulo Kleinübing para tratar dos repasses às duas instituições. Na ocasião, o secretário havia antecipado que estava sendo feito um depósito de R$ 2,5 milhões e que um novo aporte seria feito na semana que vem – apenas não tinha certeza de quanto na ocasião. Com a criação do fundo para apoio dos hospitais filantrópicos e municipais, Hemosc e Cepon e, principalmente, com a renegociação da dívida do Estado com a União, a expectativa é que mais recursos venham para a Secretaria da Saúde.
Fonte: Diário Catarinense