A Associação para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), organização social gestora das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Butantã, zona oeste da cidade, aceitou manter uma mesa de negociação permanente com os médicos da região sobre os problemas inerentes à troca de gestão no comando das unidades vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O acordo foi estabelecido durante assembleia realizada nesta segunda-feira, 6 de junho, na UBS Peri-Peri, naquela região.
Participaram da assembleia o superintendente da SPDM, João Ladislau Rosa, o diretor clínico da OS, Francisco Filhões José, e o gerente médico Rodrigo Dias Olmos; o secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador; o secretário de Relações do Trabalho da entidade, José Erivalder Guimarães de Oliveira, os delegados do Simesp representantes dos médicos Luciana Vitorino de Araújo, Bruno Takase Watanabe e Ana Laura Batista da Silva, além de outros médicos das UBSs da região.
Os médicos levaram aos representantes da SPDM uma pauta de reivindicações definida em assembleia realizada no sábado passado, 4 de junho, na sede do Simesp.
“A implantação de uma mesa permanente de negociação permite a manutenção do diálogo entre o gestor e os médicos, o que, creio eu, é extremamente importante. A assembleia foi bastante proveitosa no sentido de que a SPDM ouviu nossas reivindicações e aceitou discuti-las conjuntamente com os profissionais”, disse o delegado Watanabe.
Outros pontos presentes na pauta são participação dos médicos na seleção de profissionais da própria equipe, garantia da efetividade das deliberações dos comitês locais de gestão, gestão compartilhada da agenda e dos processos de trabalho e adequação de metas de produtividade.
O superintendente da SPDM comprometeu-se a levar as demandas para as áreas técnicas responsáveis da Secretaria Municipal de Saúde. Nova assembleia entre a OS e os médicos foi marcada para 20 de junho, às 19h, no mesmo local.
Histórico
Oficialmente, a SPDM assumiu o comando das UBSs do Butantã em 1º de junho, mas o processo de transição da Fundação Faculdade de Medicina (FFM) para a nova gestora já vinha ocorrendo havia alguns meses.
No decorrer de maio, os médicos da região do Butantã, com apoio do Simesp, realizaram várias mobilizações e assembleias para protestarem sobre a forma como a transição vinha sendo feita, especialmente com demissões coletivas de vários profissionais.
Fonte: Simesp