O governo do estado de São Paulo prometeu reunir-se, até sexta-feira (3), com representantes do movimento médico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) e funcionários da instituição para ouvir as reivindicações da categoria, que está em greve desde a última segunda-feira (30) pedindo contratações de funcionários e para protestar contra o projeto da reitoria de desmantelamento do hospital e da universidade.
O compromisso foi estabelecido nesta quarta-feira (1º) pelo assessor executivo da Casa Civil do governo, Jesse James Latance, durante manifestação de cerca de 200 pessoas, incluindo médicos, funcionários do HU e da USP, e alunos da Faculdade Medicina, que saíram em caminhada da entrada principal da universidade (Portão 1) rumo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governado do estado. Lá, foram recebidos pelo assessor.
De acordo com o secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, Latance disse que a reunião terá a participação do governador Geraldo Alckmin, do vice-governador Márcio França, e do secretário de Estado da Saúde, David Uip.
A caminhada de hoje foi organizada pelo Simesp, pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e pelo Conselho Gestor de Saúde do Butantã, bairro da zona oeste onde ficam localizados o hospital e a universidade.
Em greve desde a última segunda-feira, os médicos reivindicam mais contratações. Há um déficit de 213 profissionais (50 deles médicos) no HU, o que prejudica o trabalho deles bem como o pleno funcionamento da instituição no atendimento à população. (leia mais aqui)
Histórico
A crise no HU se arrasta desde 2014, com o número de médicos do corpo clínico diminuindo progressivamente. O déficit de profissionais é originário do Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV) da USP. A exigência imediata é que sejam feitas as contratações.
Fonte: Simesp