21 de junho é o Dia Nacional de Combate à Asma. Apesar de não ter cura, a doença, geralmente desenvolvida na infância, deve ser tratada de forma contínua para não prejudicar a vida do asmático.
Problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a asma é um dos principais motivos de procura para consultas de emergência – muitas vezes devido a um manejo inadequado da doença. Estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas sofram com a asma no mundo, sobretudo crianças e adolescentes. Trata-se de um elevado custo social e econômico para o Brasil. Só em 2015, foram registradas no país 113.342 internações por asma segundo o Datasus.
De acordo com Patrícia Bezerra, tutora de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e especialista em pneumologia, a asma inicia-se, na maioria dos pacientes, na infância. “Dependendo da gravidade da doença, o paciente pode ter uma série de prejuízos na sua qualidade de vida, interferindo na dinâmica familiar e com repercussões socioeconômicas”, alerta a médica. Muitas vezes, a doença é agravada por causa de sintomas ignorados. O principal deles é a rinite alérgica, condição frequente e que às vezes passa despercebida.
A especialista comenta ainda que a asma pode ser alérgica e as crises serem desencadeadas por exposição à poeira doméstica, contato com pelos de animais e fungos (mofo). “Os agentes irritantes como fumaça de cigarro, poluição atmosférica, fumaça de fogueiras e odores fortes (tintas, inseticidas), também podem causar crises”, explica Patrícia.
A asma não tem cura por tratar-se de doença com múltiplas causas e base genética (herança). Porém, com as medicações preventivas, administradas por via inalatória (os aerossóis, ou sprays, popularmente chamadas de “bombinhas”) a maioria dos pacientes controlam a doença e têm qualidade de vida assegurada. Atualmente, o governo disponibiliza de forma gratuita as medicações de controle (preventivas) e as de tratamento de crise, pelo Programa da Farmácia Popular. Os pediatras e clínicos podem prescrever essas medicações em postos de saúde ou centros hospitalares terciários.
Como medidas de prevenção, Patrícia destaca a realização de pré-natal, o estímulo à amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, a não exposição à fumaça do cigarro na gestação e após o nascimento e a realização de consultas médicas regulares para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança.
Fonte: IG