dia 7 de maio foi o dia Mundial da Espondilite Anquilosante. Confira informações da Phd em Reumatologia Sonia Fialho:
As Espondiloartrites correspondem a um grupo de doenças que apresentam como manifestações clínicas em comum: artrite, inflamação nos tendões e ligamentos que se ligam ao osso (entesites), e a presença de um marcador genético (HLA-B27) detectado pelo exame de sangue.
Fazem parte deste grupo de doenças, a Espondilite Anquilosante, a Artrite Reativa (associada a doenças infecciosas), Artrite Psoriásica (associada à Psoríase) e as Artrites enteropáticas (associadas às doenças inflamatórias do intestino).
A Espondilite Anquilosante (EA) é um tipo de reumatismo que causa inflamação principalmente nas articulações (juntas) da coluna vertebral. Manifesta-se mais frequentemente no sexo masculino, sendo 4 a 5 vezes mais frequentes nos homens que nas mulheres. Normalmente, os pacientes desenvolvem os primeiros sintomas no final da adolescência ou no início da idade adulta.
As manifestações da doença podem variar de somente um quadro de dores nas costas contínua e signifivativa (principalmente na região das nádegas, ou mais acima na região lombar), até uma doença mais grave e sistêmica, acometendo várias outras juntas, os olhos, coração, pulmões ou e rins.
O surgimento das dores na coluna ocorre de modo lento. No início, a “EA” costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Frequentemente observa-se que a dor melhora com exercícios e piora com repouso, sendo pior principalmente pela manhã. Essa é uma caracterísitica muito importante de ser observada, já que dor nas costas é muito comum mas na maioria das vezes é de causa mecânica, piorando com o movimento e melhorando com o repouso. Geralmente a dor está associada a uma sensação de enrijecimento na coluna (rigidez), com consequente dificuldade na mobilização. Alguns pacientes se sentem globalmente doentes, sentem-se cansados, perdem o apetite e também perdem peso. Eventualmente, o paciente também pode apresentar dor na planta dos pés, principalmente ao se levantar da cama pela manhã. Em estágios mais avançados, se não houver tratamento adequado, alguns indivíduos poderão evoluir com deformidades físicas permanentes e dificuldade na movimentação em toda coluna e quadris.
A causa da “EA” não é conhecida, mas acredita-se que há uma influência genética importante. Cerca de 80% dos pacientes com Espondilite Anquilosante apresentam o marcador genético HLA-B27. As chances dos filhos de pacientes com “EA” apresentarem a mesma doença é de cerca de 15%.
No momento, ainda não existe a cura para a Espondilite Anquilosante, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado causam alívio da dor e podem prevenir a ocorrência de seqüelas e deformidades associadas a essa doença, permitindo que o paciente tenha uma vida social e profissional ativa.
fonte: Sonia Fialho, PHD em Reumatologia
O tratamento engloba o uso de medicamentos, fisioterapia e exercícios. No tratamento com medicamentos utilizam-se analgésicos para aliviar a dor, anti-inflamatórios, imunossupressores ou medicamento imunobiológico. A orientação de qual medicamento utilizar deve sempre vir de seu médico que realizará a prescrição de forma individualizada, de acordo com a sua necessidade em particular. flexibilidade e tonicidade muscular.