A veracidade dos suplementos alimentares e o possível comércio de anabolizantes em academias foram o foco da reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (17/05). O encontro contou com presença da presidente do Sindicato das Academias de Santa Catarina, Zulma Stolf Fernandes.
O presidente da CPI, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), destacou que a intenção é frear o mercado ilegal de suplementos que apresentam falsificações e que podem prejudicar a saúde dos consumidores. “Além de colocar em risco a saúde, estes produtos adquiridos principalmente pela internet ou oriundos de contrabando movimentam milhões de dólares. Os estados e municípios têm uma grande perda monetária com esse comércio ilegal. Acima de tudo são as pessoas que estão sendo enganadas e sob risco com falsos produtos ”, comentou.
A depoente, que é profissional de educação física e empresária do setor, afirmou que existe o uso desses produtos inadequados, mas há sete anos à frente do sindicato nunca teve conhecimento de algum caso de comércio ilegal dentro das academias filiadas à sua entidade. “O que pode ocorrer é algum tipo de orientação do profissional de educação física para o uso desses produtos, mas isso, se ocorre é uma minoria, prática de profissionais desqualificados”, argumentou.
Zulmar Stolf ressaltou que o maior problema não está dentro das academias, mas fora onde o mercado ilegal está muito fácil. “São tantas as ofertas em sites, que se torna difícil controlar a qualidade de cada produto oferecido”, completou. No encontro também foi aprovado um requerimento ao Secretário de Saúde sobre a compra do medicamento de Soliris, que é utilizado no tratamento de uma doença rara. Ele é considerado o remédio mais caro do mundo, chegando a R$ 20 mil por ampola. Os deputados querem apurar a informação que parte do lote adquirido pelo Estado é falsificado. Também participaram da reunião desta terça-feira (17) os demais membros da CPI: Dalmo Claro (PMDB), Rodrigo Minotto (PDT), Maurício Eskudlark (PR) e o relator deputado Fernando Coruja.
Fonte: deputado dr. Vicente