FMB divulga carta de apoio aos médicos e ao povo venezuelano
A Federação Médica Brasileira (FMB) divulga carta de apoio aos médicos e ao povo venezuelano após denúncia
da Associação Médica da Venezuela sobre a escassez de medicamentos e materiais hospitalares provocada
pela grave crise econômica naquele país.
O presidente da Associação Médica Venezuelana, Douglas Leon, trata a questão como um “holocausto da
saúde, tendo em vista que é aterrorizante trabalhar nessa situação”. Os médicos realizaram no dia 13 de abril
um atendimento nas ruas como forma de chamar a atenção para a falta de medicamentos na rede hospitalar
pública e também nas farmácias. “As pessoas estão morrendo”, acrescenta Leon.
A crise econômica da Venezuela foi agravada pela queda do preço do barril do petróleo e os problemas na
saúde estão relacionados a uma suposta atuação de uma máfia que estaria revendendo remédios a preços
superfaturados.
Nos próximos dias os dirigentes da FMB participam em Montevidéu, no Uruguai, da reunião extraordinária da
Confederação Médica Latino Americana (Confemel), quando este assunto será abordado.
Confira a carta da Federação Médica Brasileira (FMB)
CARTA AOS MÉDICOS E AO POVO VENEZUELANO
A luta pela defesa da saúde do povo latino americano passa, necessariamente, pela solidariedade de todos e a todos, frente às adversidades que cada povo vem sofrendo como consequência da falta de ação efetiva de governos nacionais.
Assim, a FMB – Federação Médica Brasileira, entidade que congrega sindicatos que representam mais de 50% dos médicos brasileiros, solidariza-se com a Federação Médica Venezuelana, os médicos, trabalhadores da saúde e o povo venezuelano em sua luta por uma assistência à saúde de qualidade, que seja capaz de respeitar a dignidade de quem trabalha no sistema de saúde e a daqueles que dele precisam.
Denunciamos aos médicos e aos povos brasileiro, venezuelano e latino americano a necessidade imediata de transformações em nossas politicas de saúde de maneira a possibilitar uma gestão proba, efetiva, eficaz, eficiente e transparente; um financiamento que possibilite a todos um acesso universal e gratuito ao sistema de saúde; um modelo assistencial que comtemple integridade da pessoa humana, em suas necessidades individuais e coletivas; que comtemple práticas humanizadas e humanizadoras bem como amplo acesso aos frutos do conhecimento técnico-cientifico da humanidade, possibilitando fazer da saúde de nossos povos, nosso maior bem.
Que o controle social seja a marca efetiva da presença de todos os segmentos sociais envolvidos na viabilização das politicas de saúde, sua execução e controle.
Em defesa da saúde e da vida!
Viva o povo venezuelano!
Viva o povo latino americano!
Waldir Cardoso
Presidente