A Federação Médica Brasileira (FMB) acompanha os recentes episódios envolvendo médicos e futuros médicos nas redes sociais, que têm ganhado grande visibilidade na imprensa e provocado muita repercussão na opinião pública. Somente no primeiro trimestre de 2017, colecionamos casos dos mais diversos e que afetam em cheio a ética profissional e, acima de tudo, o bom senso.
A Entidade mostra-se preocupada com posturas que comprovam que muitos cidadãos ainda não conseguiram dimensionar a capacidade, a velocidade e o alcance das informações na internet. Os espaços digitais, que contribuem para a democratização de informações e para aproximação de pessoas tornam-se, em momentos não raros, território de confrontos, apologias, discriminação e humilhação.
A internet não é um mundo novo. É um espaço que há muito é rotina dos brasileiros de todas as classes sociais. A culpa pelo descontrole, destempero e falta de responsabilidade no uso desses serviços certamente não é de seus inventores, mas sim de seus usuários.
Assim, a FMB chama os médicos à reflexão sobre sua presença nesses espaços e principalmente e mais importante, sobre como o seu comportamento, ações e conceitos podem afetar o seu futuro profissional e de toda a categoria.
O médico não está acima do bem e nem do mal, mas mantém com a sociedade um relacionamento de grande confiança.
Somos constantemente vigiados e temos que ter consciência de agir com a magnitude que a nossa profissão exige, respeitando não só a sociedade, mas o juramento que fizemos quando nos tornamos aptos a exercer a profissão.
Por fim, a FMB rechaça atitudes que venham a denegrir uma categoria honrada e que ocupa o primeiro lugar no quesito credibilidade para os brasileiros. (Pesquisa CMF/DataFolha 2016).
Belém (PA), 12 de abril de 2017.
A Diretoria
Federação Médica Brasileira – FMB