Quem é acometido pelo vírus do herpes deve ter a atenção redobrada nessa época do ano. É no verão que os raios ultravioletas são mais intensos e a exposição ao sol baixa a imunidade da pele do indivíduo deixando-o à mercê do vírus – que não tem cura. O herpes permanece no corpo do infectado durante toda a sua vida, tornando-se ativo em várias ocasiões em que há estresse ou em que a imunidade baixa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, os números são alarmantes: no planeta, 67% da população com menos de 50 anos tem a doença, o que representa 3,7 bilhões de infectados pelo Herpes Simples.
Em geral, a contaminação se dá na infância e adolescência, quando existe contato com um grupo maior de pessoas – escolas e cursos. A primeira infecção acomete, geralmente, os lábios, conforme destaca a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia/RS, dra. Clarissa Prati.
“A doença se caracteriza por bolinhas de água (vesículas) que se agrupam rapidamente, progredindo para feridas. Muitas pessoas são portadoras, mas a maioria não chega a desenvolver a lesão”, ressaltou Clarissa.
Existem dois tipos de herpes: o Simples (1 e 2) e Herpes Zoster: o primeiro (Simples 1 – VHS-1) está associado ao herpes labial. O segundo (Simples 2 – VHS-2) está correlacionado com herpes genital, considerado DST – Doença Sexualmente Transmissível. A transmissão desse se dá por meio da relação sexual, seja oral, anal ou vaginal, que aconteça sem o uso da camisinha com uma pessoa infectada / em crise.
Já o Herpes Zóster é considerado uma doença secundária decorrente da varicela. Ele ataca principalmente pessoas acima de 50 anos que tiveram catapora em algum momento da vida e ficaram com o vírus adormecido em nervos do corpo. Mais tarde, este vírus pode reativar na forma de herpes zoster, também conhecido como “cobreiro”: leões em vesículas que se agrupam e formam placas, em geral, no tronco ou abdômen.
“Causa uma dor muito forte, decorrente do processo inflamatório nos nervos acometidos. Existe hoje uma vacina que diminui o risco de herpes zoster em até 60%”, destaca Clarissa. A vacina não faz parte do calendário do SUS, mas está disponível.
Fonte: Simers