De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Alzheimer é a causa mais comum de demência na população idosa – a taxa varia entre 60% e 70% dos casos. Com os medicamentos disponíveis atualmente, porém, é possível retardar o avanço da doença e garantir um número reduzido de distúrbios de comportamento (como delírios e ações repetitivas).
Segundo a neurologista Liana Lisboa Fernandez, as medicações mais utilizadas no tratamento são os chamados anticolinesterásicos que se apresentam em três opções: donepezila, galantamina e rivastigmina. Embora todos têm efeito semelhante quando utilizados por via oral, o último já está disponível em uma versão adesiva que oferece efeitos colaterais reduzidos.
“Náusea, vômito, perda de apetite e diarreia são os principais efeitos sentidos normalmente. Como o adesivo de rivastigmina leva a medicação diretamente para a corrente sanguínea, sem passar pelo sistema digestivo, esses desconfortos são mais leves”, explica Liana. Disponibilizada desde o ano passado gratuitamente pelo SUS, a rivastigmina transdérmica, como também é conhecida, precisa ser fixada na pele uma vez ao dia e libera seu princípio ativo gradativamente.
Como conseguir o medicamento pelo SUS
Para conseguir os adesivos através do SUS, Liana explica que é necessário consultar com um médico que atenda pelo sistema público. De acordo com a médica, é ele quem avalia cada caso e prescrever a medicação, caso essa seja a alternativa mais indicada.
“Ele vai preencher uma série de papéis descrevendo toda a doença, como foi a evolução da pessoa, incluindo alguns exames para confirmar que o paciente tem Alzheimer. Feito isso, é possível solicitar o acesso sem custos”, esclarece a neurologista. Outra possibilidade, caso surja algum entrave, é recorrer à Defensoria Pública para obter o remédio por via judicial.
O que fazer para prevenir a doença
De modo geral, é possível diminuir os riscos de ter Alzheimer com alguns cuidados na rotina. Alimentação equilibrada, rica em ômega 3, é um deles. Também é importante manter a mente ativa, sempre pronta para novos conhecimentos e desafios, salienta a médica. Os livros podem ser bons aliados.
Por outro lado, lembra Liana, baixa escolaridade, histórico de traumatismo crânio-encefálico, hipertensão e diabete mellitus podem aumentar as chances de o Alzheimer se desenvolve. Por isso, vale o cuidado redobrado com a saúde desde cedo.
Fonte: Simers